imagem: Jasmine Becket
A intenção pode ser considerada um instrumento poderoso na emulação do nosso software mental, visando a conexão com a inteligência não-local que habita em cada um de nós. Tudo no universo começa com a intenção. Desde o simples desejo de movimentar um membro do corpo, passando pelo impulso de comprar alguma coisa, tomar uma xícara de chá e escrever um post no blog, tudo começa com a intenção. Essa intenção inicia-se na mente não-local/eu superior. Somente depois de se tornar localizada na mente local/ego, é que ela se transforma em um evento físico. Sem a intenção a realidade física não existiria. A intenção ativa uma sincronização de diferentes áreas do sistema cérebro/mente, que exibem “um confinamento de fase e freqüência”.
De acordo com os cientistas essa sincronização dos neurônios se dá em torno de uma freqüência de quarenta hertz (quarenta ciclos por segundo) e é uma exigência da percepção cognitiva. Ou seja, sem essa sincronização, ”nós não conseguiríamos ver uma pessoa como uma pessoa, uma árvore como uma árvore, uma casa como uma casa”. Se não fosse assim, veríamos apenas pontos ou nódoas brancas e pretas, linhas esparsas e manchas de luzes e sombras.
Em verdade, o mundo não existe como imagens, mas apenas como impulsos eletromagnéticos, códigos digitais e disparos elétricos dos neurônios. Os objetos externos a nós são percebidos e registrados no cérebro como sinais binários, do tipo liga-desliga. E é a sincronização por meio da intenção que organiza esses impulsos, convertendo-os em uma totalidade, uma visão subjetiva de mundo, uma gestalt que cria uma realidade virtual no cérebro – “um som, uma textura, uma forma, um sabor e um odor. Tanto o mundo antes de ser observado, quanto o sistema nervoso antes do desejo ou da intenção de observar alguma coisa, existem como um campo de atividades dinâmico (em constante transformação) não-linear, em um estado de não-equilíbrio (atividade instável). A intenção organiza sincronicamente essas atividades altamente variáveis, aparentemente caóticas, e não-relacionadas de um universo não-local em um sistema altamente ordenado, dinâmico, que se auto-organiza”. Além do processo de percepção e cognição, a intenção também precede todo aprendizado, lembrança, raciocínio, deduções, inferências e atividades motoras. Para Deepak Chopra, ela é a base de toda a criação.
A Ciência, por meio da Física Quântica, já havia demonstrado a importância da intenção na experiência da natureza onda-partícula do elétron. É justamente a intenção do observador em realizar uma medição, que faz a onda de possibilidades do elétron (vide o post anterior com a experiência do Dr.Quantum) entrar em colapso quando a caixa é aberta, e se transformar numa única realidade: uma partícula. Nos textos védicos dos Upanishads encontramos: “Você é o seu desejo mais profundo. Como é o seu desejo, assim é sua intenção. Como é sua intenção, assim é a sua vontade. Como é sua vontade, assim é a sua ação. Como é sua ação, assim é o seu destino”.
Até mesmo a criatividade é organizada por meio da intenção. Apesar de ocorrer no mundo individual, a criatividade nasce da esfera não-local onde residem todas as possibilidades. Por ser universal, a criatividade, emulada pela intenção, possibilita que o mundo, periodicamente, dê saltos quânticos na evolução por meio de descobertas e inovações, canalizadas da esfera não-local por mentes locais. Em resumo, a intenção
deriva-se da esfera não-local (universal) e torna-se localizada na mente individual (ego).
fonte: http://echacara.blog.uol.com.br
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