quinta-feira, 8 de março de 2012

Ho’oponopono


A terapia de Ho’oponopono para resolver conflitos

por Jens Federico Weskott - jweskott@uol.com.br
fonte de luz: http://somostodosum.ig.com.br
imagem: http://templodeazkaban.blogspot.com



A tradicional prática havaiana chamada Ho’oponopono quer dizer ‘pôr as coisas em ordem’ e se refere a um reunião familiar na qual os relacionamentos são ‘consertados’ através de debates, confissões, arrependimentos, restituição mútua, perdão e preces. Esta valiosa ferramenta terapêutica, comum nas famílias tradicionais, após a chegada do Cristianismo (1820) continuou a ser praticada na cultura havaiana. Em nossos dias está recebendo a maior atenção quando famílias e comunidades procuram meios de resolver problemas. Segundo um psicanalista moderno “é um dos métodos mais sadios de restabelecer e manter bons relacionamentos familiares que uma sociedade já tenha instituído”. 

Para os antigos havaianos, doenças e desgraças vinham de desequilíbrios entre as pessoas e entra pessoas e deuses. Acreditavam que todas as coisas da vida estavam relacionadas e por isso os conflitos entre dois membros afetavam o grupo todo.
A palavra havaiana para família, ohana, se refere à família ampliada de relacionamentos, porém tem forte conotação espiritual. Não apenas incluía os parentes sangüíneos, mas também amigos íntimos da família, crianças adotadas por familiares, os espíritos dos ancestrais mortos e os espíritos guardiães pessoais.

Com freqüência, uma sessão de ho’oponopono era convocada quando um familiar adoecia seriamente. Para o método kahuna de cura, um padrão emocional negativo é capaz de bloquear o acesso aos deuses e tornar todo trabalho com o paciente sem efeito. A sessão esclarecia ao kahuna a origem do problema.
Às vezes, o ho’oponopono era usado em uma família com problemas antes de uma criança nascer – pensava-se que as desavenças familiares poderiam ser um obstáculo a um parto sadio. Também podia ser convocado quando um membro estava apreensivo frente a um presságio ruim ou um sonho perturbador.

No início do processo convocava-se uma reunião familiar. Era esperado que todos se esforçassem para participar, se preciso fosse, vindo de longe. Tais encontros poderiam demorar algumas horas ou estender-se por dias e semanas.
Quem coordenava era a ‘cabeça de família’ ou, se adultos estavam por demais envolvidos para permanecer objetivos, por um amigo ou um kahuna conhecido pela família. A prece inicial chamava os guardiães familiares pedindo sua presença e ajuda no processo. Os passos seguinte acompanhavam um ritual pré-fixado: identificar o problema, determinar a transgressão, debater, detectar implicações emocionais negativas, compartilhar sentimentos, confissões, resolução do problema, reafirmação de laços e prece final.
Nesses passos havia certas regras a serem observadas. Com emoções envolvidas, os membros podiam comunicar-se através do líder, sem raiva nem levantar a voz. Esperava-se de todos um espírito de abertura na sincera procura da verdade, sem magoar ou insultar ninguém. Quando os ânimos se exaltavam, o líder podia interromper para um esfriamento.

Os familiares tentavam chegar ao cerne da questão num processo similar a ‘descascar uma cebola’. Ao debater o problema, chega-se cada vez mais a camadas mais profundas. Uma vez identificado o problema e discutido em profusão, a família descobria os aspectos negativos a serem dissolvidos. Isso pode levar tanto a confissões quanto a restituições. Qualquer espécie de restituição era decidida e aprovada pelas partes envolvidas.
Então, o problema era ritualmente dissolvido e ‘encerrado’ por todos os participantes. O líder resumia os fatos durante a sessão e verificava se todos os aspectos haviam sido focados. Acontecia uma reafirmação dos laços familiares e uma prece de encerramento. Via de regra, o Ho’oponopono finalizava-se com um banquete.
O segundo passo do processo – a identificação do problema – possui no havaiano o significado mais amplo de ‘juntar forças emocionais, psíquicas e espirituais para um propósito compartilhado’. No fundo, é a chave do processo em si – um encontro mútuo em todos os níveis a fim de pôr as coisas em ordem. Num parâmetro familiar, um remédio poderoso.

No contexto atual, o ho’oponopono pode ser usado não apenas por famílias, mas também por grupos empresariais, turmas de amigos, até casais e indivíduos isolados. Imagine o sucesso no mundo corporativo de sessões abertas e honestas entre funcionários ao surgir um problema. Observando certas regras, cabe empregar a terapia para dois, mesmo sem um líder.
Pessoas podem usar o ho’oponopono como parte da prática Huna de remover bloqueios e negatividade, a fim de tornar suas preces efetivas, de modo que a energia mana possa fluir ao Eu Superior. Um autor, Allan P. Lewis, propõe uma prática geral para desanuviar a mente: ‘Infinito Criador Divino, se eu, meus familiares ou antepassados ofenderam a Ti ou Teus filhos por meio de pensamentos, palavras ou ações, desde o começo da Criação até o presente, peço sinceramente perdão a Ti e aos envolvidos. Perdoa todos os erros e ofensas. Perdoa todas as culpas e ressentimentos. Perdoa todos os bloqueios e fixações criadas’.
Morrnah N. Simeona, uma professora havaiana que orienta workshops internacionais de ho’oponopono, usa um método escrito. Solicita aos estudantes anotar todo o que desejam jogar fora em suas vidas – assim, tudo é ritualmente purificado e dissolvido.
A prática individual requer um alto grau de preparação mental para dar resultado. É preciso dedicar tempo e registrar em um diário seus pensamentos e sentimentos acerca do seu problema. Em outras palavras, faça os próprios passos do ho’oponopono identificando, compreendendo e equacionando seu conflito. Se não realiza esse importante trabalho de casa e apenas efetua o ritual, desaparecerá por um tempo para retornar novamente.

Ir ao âmago do conflito pode levar a procurar ajuda externa de um amigo, conselheiro ou profissional. Faça o que for preciso fazer a fim de investigar a área de desarmonia de sua vida. Uma vez feito todo isso, procure um meio de agir no âmbito material para resolver o problema. Estabeleça certas ações a realizar no futuro e registre-as. Verifique que tanto seu eu básico (subconsciente) quanto seu Eu Superior (Superconsciente) estejam de acordo com suas ações. Uma vez colocado isso por escrito, faça a limpeza, a qual ritualmente dissolve o problema.
O Ho’oponopono é um ritual muito útil que pode ser usado em situações conflitivas nas famílias, empresas e grupos. Seus princípios subjacentes são:

1. lesões, mágoas, raiva, vergonha ou culpa não resolvidas podem causar doenças no corpo ou outras desarmonias;
2. um problema entre dois membros afeta o grupo inteiro;
3. conflitos superficiais com freqüência são gerados por mágoas ocultas;
4. poderes mais elevados assistem aqueles que trabalham para resolver conflitos;
5. há forças especiais nos propósitos compartilhados de uma família trabalhando junto para resolver problemas;
6. o perdão sincero pode remover obstáculos emocionais negativos;
7. preces são essenciais;
8. relacionamentos podem ser curados.

Condensado de Charlotte Berney, Hawaiian Mysticism

Ao fazer o Ho’oponopono você pede a Deus, a Divindade, para limpar, purificar a origem destes problemas, que são as recordações, as memórias. Você assim neutraliza a energia que você associa à determinada pessoa, lugar ou coisa. No processo esta energia é libertada e transmutada em pura luz pela Divindade. E dentro de você o espaço que foi liberado é preenchido pela luz da Divindade. Então, no Ho’oponopono não há culpa, não é necessário reviver sofrimento, não importa saber o porquê do problema, de quem é a culpa, sua origem.
No momento que você nota dentro de si algum incômodo em relação a uma pessoa, ou lugar, acontecimento ou coisa, inicie o processo de limpeza, peça a Deus:
“Divindade, limpe em mim o que está contribuindo para este problema.”
Então use as frases desta seqüência: “Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato.” várias vezes, você pode destacar uma que lhe toca mais naquele momento e repeti-la. Deixe sua intuição lhe guiar.
Quando você diz “Sinto muito” você reconhece que algo (não importa se saber o que) penetrou no seu sistema corpo/mente. Você quer o perdão interior pelo o que lhe trouxe aquilo.
Ao dizer “Me perdoe” você não está pedindo a Deus para te perdoar, você está pedindo a Deus para te ajudar se perdoar.
“Te amo” transmuta a energia bloqueada (que é o problema) em energia fluindo, religa você ao Divino.
“Sou grato” é a sua expressão de gratidão, sua fé que tudo será resolvido para o bem maior de todos envolvidos.
A partir deste momento o que acontece a seguir é determinado pela Divindade, você pode ser inspirado a tomar alguma ação, qualquer que seja, ou não. Se continuar uma dúvida, continue o processo de limpeza e logo terás a resposta quando completamente limpo.
Lembre-se sempre que o que você vê de errado no próximo também existe em você, somos todos Um, portanto toda cura é auto cura. Na medida em que você melhora o mundo também melhora. Assuma esta responsabilidade. Ninguém mais precisa fazer este processo, só você.
A prece a seguir é da criadora do sistema Ho’oponopono da Identidade Própria, a Kahuna Morrnah Simeona. Faça esta oração em relação a qualquer problema com qualquer pessoa; ao se fazer o apelo ao Divino Criador estamos nos dirigindo à divindade que existe dentro de todas as pessoas, que é a extensão do Divino Criador. Só é necessário isso.
“Divino Criador, pai, mãe, filho em Um…
Se eu, minha família, meus parentes e ancestrais lhe ofendemos, à sua família, parentes e ancestrais em pensamentos, palavras, atos e ações do início da nossa criação até o presente, nós pedimos seu perdão…
Deixe isto limpar, purificar, libertar, cortar todas as recordações, bloqueios, energias e vibrações negativas e transmute estas energias indesejáveis em pura luz… Assim está feito.”
Para mais informações e materiais sobre o Ho’oponopono visite www.hooponopono.forumativo.com e www.hooponopono.com.br
fonte de luzwww.luzdegaia.org 
video: youtube.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário